Camilo Pessanha

Remetido por Paulo Franchetti - FRANCHET@turing.unicamp.br

Queda

(A João P. Vasco)
O meu coração desce, Um balão apagado. Melhor fora que ardesse Nas trevas incendiado. Na bruma fastidienta... Como á cova um caixão. Porque antes não rebenta Rubro, n'uma explosão? Que apego inda o sustem? Atono, miserando. Que o esmagasse o trem De um comboio arquejando. O inane, vil despojo. Ó alma egoísta e fraca... Trouxesse-o o mar de rojo. Levasse-o na ressaca.

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