Celso Mesquita 

18 de Novembro de 1974
                  
              
Não há sorrisos esquivos
nas esquinas.
O Sim é partido.
Há um ritmo escuso e livre
no asfalto
onde escondo
meu verdadeiro rosto,
morte deflagrada.
Há um simples
e grandioso anseio
de mar, de luz solta
no espaço, amor.
Ritmo que reitera
as águas na terra.
Paz sem palavras.
Rosto vizinho à explosão
contida que se transfere
de meu corpo a um outro
corpo, estrelas do mar,
pratas do abismo indiferente,
ouros que recebo e que te entrego, comigo.
A ilusão é necessária
pés cansados
corpo exato no espaço.
 

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Página  atualizada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  06  de janeiro de 1998