Penso em revólvers
em armas e
nos últimos explosivos
atômicos,
porque amo tanto e de
tanto amor
sinto a falta de violência.
Passo dias olhando pássaros
na avenida,
e nem imagino
que eles são trombadinhas.
Passo dias vendo fadas
nas esquinas,
e nem imagino
que elas são putas.
Passo dias vendo
os olhos das pessoas
e não consigo
ver
a agressividade do poder.
Será que é
a minha falta de malícia,
ou são as outras
pessoas
que enxergam tudo com
exagero,
e devoram o monstro
com a cobiça
que elas tiveram o trabalho
de inventar.
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