António Manuel Couto Viana

No Farol da Guia

Pedi ao Farol da Guia, Pra que a nau não naufragasse Na noite que fôr o dia, Que fosse luz e a guiasse. E pedi mais: Que baloiçasse no ar Os sinais Do tufão que vai chegar, Pra que ao abrigo do cais A nau achasse lugar. E o primeiro farol De aviso à navegação No mundo onde nasce o Sol, Não me disse sim nem não. Mas a âncora ancorada, Como fanal de bonança, Entre os muros da esplanada, Disse, sem me dizer nada: - Tem esperança!


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