Na minha rua
mora um homem
amargo.
Das paredes da casa
do homem amargo
solidão, limos e musgos.
No quintal do homem
não existe cachorro, gato,
sequer uma galinha
que pudesse transpor
a minha cerca
para comer o cheiro
verde ou o cuentro
que planto.
Já tentei modificar
o homem amargo
com filosofia, com
poesias, e ele me mostrou
atos.
Não consegui modificar
o homem amargo,
mas seu vizinho já anda
se queixando de amargura. |