Carlos Queirós


Varina

Ó Varina, passa, Passa tu primeiro... Que és a flor da raça, A mais séria graça Do pais inteiro! Teu orgulho seja Sonora fanfarra, Zimbório de igreja! Que logo te veja Quem entra na barra. Lisboa, esquecida Que é porto de mar, Fica esclarecida E reconhecida Se te vê passar. Dá-lhe a tua graça Clássica e sadia, Ó Varina, passa... Na noite da raça Teu pregão faz dia! Vê que toda a gente Ao ver-te, sorri. Não sabe o que sente, Mas fica contente De olhar para ti. E sobre o que pensa Quem te vê passar, Eterna, suspensa, Acena a imensa Presença do Mar!


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