Clóvis Ramos


O Cego Bartimeu

Há poesia em tudo o que é divino. Nas bodas de Caná como na Ceia. Embora eu seja um poeta pequenino, cantar o Deus de Amor minh'alma anseia. Quando Jesus seguia, sol a pino, de Jericó na estrada — sol e areia — , o cego Bartimeu — homem franzino — de ser repreendido não receia. — "Ó Filho de Davi, tem piedade!" Jesus parou. — "Que queres que te faça?" — "Que eu veja, meu Senhor!" E a claridade do dia iluminou aqueles olhos, aquele coração cheio de graça, aquela alma liberta dos escolhos!

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *