Creed
Adagio Apassionato
Nos confins do Universo,
Entre vales e montanhas
Lá se encontra o paraíso,
Luzes, perigos, doces manhas!
Onde o arco-íris renasce
Lugar em que as raras flores afloram
De onde cristalina maresia parte
E onde os lascivos cupidos namoram!
Lá ti encontro eu, bela princesa,
E ti sorvo a cada ínfimo instante
Em degustar-te, sinto tua tez acesa
E teu gostoso riso, tal qual em Dante!
Em teu corpo meigo me perco e percebo:
Nua, fascinas os que ti chegam do nada
Nua, entre pêlos, a fissura da rosa perfumada
És o bálsamo puro, que vem e peca!
Cogitar esquecer tua sensual nudez
É perder a sensibilidade ao calor solar,
É fenecer e, loucura, nem isso perceber,
É perder os sentidos e soçobrar ao luar!
Nunca perder-te então, é desafio(de tantos!)
Nascer e padecer, se preciso, pelo raro perdão
Se de mi ti zangares, não duvides, maior castigo
Parte-me o peito e junto deste o pobre coração!
Mas, sorte minha, muito bem sabes meu afeto
Muito bem sabes, não negues, minha gratidão
De ti ter junto a mi e ao meu âmago aflito
De continuares a ser para mi, eterna canção!
(homenagem a minha musa Rafaela Almeida)
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