... Vi-me, sem o saber, perdido e errante
Por uma selva escura e misteriosa,
Como aquela floresta fabulosa,
Por onde errava o espírito do Dante.
Atônito e indeciso eu fiquei, diante
Do dédalo de sombras, de alma ansiosa
Como se dentro de uma nebulosa
Visse a livre amplidão do azul distante...
Andei às tontas, como que à procura,
Pelo instinto profético e divino,
De incerta luz na pávida espessura...
E, só conjeturava em desatino:
Que seria esta selva estranha e escura?
— Eu pensei que era a Vida... — Era o Destino. |