Uma vida de flor ou borboleta
Foi-lhe a existência efêmera e enganosa;
Passou como uma sombra luminosa
De beleza e bondade no planeta.
Na minha solidão de anacoreta,
Surgiu como uma deusa misteriosa...
Era simples e bela como a rosa,
Modesta e singular como a violeta.
Só de vê-la senti toda a inquietude
Que, por encanto, o coração invade,
Quando o amor o desperta, enleva e ilude.
Tive-a a encarnar minha felicidade;
Quis detê-la comigo, mas não pude,
Porque a beleza aspira à eternidade. |