Da Costa e Silva

Onde Sonhas para Sempre...
 
 
O vento que agitava as árvores, 
Sacudindo as ramagens flébeis dos ciprestes,
Com o discreto rumor de uma chuva de lágrimas,
Era o intérprete das minhas preces...

Numa oração tão alta que não tinha palavras,
Eu erguia a minh’alma aos céus remotos, 
Alheado do mundo e de mim mesmo,
Quando, o meu coração a ansiar por duas asas,
O pranto me velou a luz dos olhos...

E eu, tão perto de ti, sem poder ver-te!

 
 

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  10  de  Agosto  de  1998