Por que me trouxe aqui o meu destino?
Por que de tão longe vim me prender por encanto
A Essa a quem tanto quis, a Essa que me quis tanto,
Que, unidos pela fé, vivemos para o amor?
Por que o lar que se fez, com o divino favor,
Na feliz comunhão de um afeto tão santo,
Num momento fatal de dúvida e de espanto,
A morte vem encher de saudade e de dor?
Por que, se eu tenho fé, se vem fazer, no entanto,
Tua vontade, em vão, contra a minha, Senhor,
Que, resignado e bom, já hei sofrido tanto?
Assim, a interrogar minha esfinge interior,
Ergo ao longínquo azul os meus olhos em pranto,
Ó meu último bem! ó meu único amor! |