Roseira cheia de espinhos
Crestada ao frio de junho,
São iguais nossos destinos,
Temos o mesmo infortúnio.
A nossa sorte é a mesma;
Contrariá-la é debalde,
Pois secaste de tristeza
E eu sucumbo de saudade.
Ao ver-te, roseira triste,
Com os teus desfolhados ramos,
Fico a pensar como evite
O mal que sofremos ambos.
E como não têm meus olhos
Mais pranto para regar-te,
Tecerei com os teus despojos
Minha coroa de mártir. |