David Mestre
Que outro nome
Que rio se pode
abrir na língua acesa
para o capim crepitando
baixo. Que palavra
por ele nasce
e corre corre a lua
e outra lua sem que regresse
ao corpo. Que outro nome
te demos
vestida e no escuro desposada.
Liberdade.
Que tempo de
ocultar o nome sabíamos
perder e nem
de moscardo zumbias: Ngola
nosso pouco maruvo eras
no terreiro anunciada.
Liberdade.
Quem das copas pronuncia
os teus lábios na terra? Nzambi
neles tivesse
mordiscado leve.
Liberdade.
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