Daniel Orlandi Mattos Edmundson


Fim

Quem sou eu, Agora? Nao me reconheco mais, Nao sou como outrora. Quando meu cigarro parar de fumar, E meus livros parar de ler; Podem tocar a marcha fúnebre, Pois eu hei de morrer. E quando isso acontecer, Ninguém há de chorar, Ninguém há re rezar, E espero que seja num dia cinza posto a chover. Porque escrevo esse poema? Se ninguém o há de ler. Ninguém vai se lembrar, De uma vela para mim acender. E se por ventura, Alguém em algum lugar Algum dia disser meu nome, Por favor Derrame por mim Uma lágrima Para que minha alma possa nela se lavar, e aspirar poder ao céu Algum dia, Eu chegar.


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