Eduardo Alves da Costa 


Comendo uma Azeitona Grega
 

 
Deu nos jornais:

POETA ABRIU A BOCA
E BEBEU O MAR EGEU

Cavalheiro de barbas,
quarenta anos presumíveis,
mordia uma azeitona
das graúdas, grega,
quando foi acometido de sede ancestral.
Chamou Niarkos, o garção,
e antes que o desdito pudesse
esboçar qualquer defesa,
subiu à mesa e bebeu o mar
que o jovem atendente
trazia - sem o saber - no olhar.

Remetente: Marco Antônio


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