Guarda-te um pouco
para o que vai sobrar-te
para a rota inexistente
que leva a toda parte.
Guarda-te para a eloquência
do som impronunciado,
guarda-te para o silêncio
do verbo desperdiçado.
Guarda-te para o pranto
do riso mais desatado,
guarda-te para as cinzas
do fogo mais atiçado.
Guarda-te para a seqüência
da coisa mais terminada,
guarda-te para o mistério
que te espera além do nada! |