Edilberto Coutinho
Comentário sobre Álvaro Pacheco
Diferente é o processo literário de Álvaro Pacheco,
em A Força Humana. “Os poemas de Álvaro Pacheco
tocaram este leitor: na era do homem de acrílico a poesia continua
a emitir sinais luminosos e confortadores por mais que se queira esvaziá-la
de todo sentido, e a sua tem aquela propriedade.” O leitor em questão
é Carlos Drummond de Andrade, que assim opina sobre O Homem de Acrílico
e outros poemas incluídos em A Força Humana.
Tudo que é humano toca ao poeta: o amor e o antiamor, a morte e
a antimorte. Perduram certas imagens de inegável beleza, e
Álvaro Pacheco contribui para exaltação do chamado
eterno feminino sem cair no pieguismo verbal. Canta também
os homens que foram à Lua. E O Homem de Acrílico descansa
suas placas e sinais luminosos nas janelas da Broadway. |
in “ÚLTIMA HORA", 19/4/70
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