Eugênio de Freitas 

Fantasia
 
Vacilo em confessar que já não tento, 
sequer, ferido em meu orgulho inato, 
varrer, por uma vez, do pensamento 
a idéia de manter nosso contato. 

Para pôr termo a meu suplício lento, 
retornarás a mim, no instante exato. 
Provado ficará, nesse momento, 
ter sida ouvida a prece que eu relato... 

O sol do amor esplende, alvissareiro, 
por trás de um morro de esperanças mortas, 
afugentando as sombras, por inteiro... 

Com teu sorriso as mágoas me confortas. 
E a fantasia, firme em seu roteiro,  
me faz bater de novo a tuas portas!

 
Remetente: Chico Poeta

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  24 de novembro de 1997