Clique aqui para conhecer o maior site de Poesias da Internet !!!
 Responsável:
 Soares Feitosa 
 Endereço postal 
 Em@il 
 
.
Novidades da semana
.
Página atualizada em 15.07.2000
.
Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>

Notícia biográfica

Índice dos poemas
  1. Brasil: Colônia e Escravidão
  2. Brasil: 500 anos de pilhagem
  3. Mesagem a uma mulher
  4. Natureza animal
  5. Nostalgia
  6. O Cosmo
  7. E de repente
  8. Soneto do subversivo
  9. O que passa
  10. WWW
Início desta página

 

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
Ely Duarte, por ele mesmo, uma notíca - jul/2000:

Nasci no vale mineiro do Paraibuna na extensão de suas turvas águas no
município de Juiz de Fora. Nasci no segundo dia do ano de 1979, bem
amado, num lar de amantes da boa música popular brasileira.
Meu primeiro vinil certamente marcou minha trajetória "A Arca de Noé", Poemas Infantis de Vinicius de Morais. Estudei sem nenhum destaque nas escolas locais de um bairro de periferia, apaixnei por escrever redações e minhas aulas prediletas eram de história. Estive envolvido até a medula com o movimento estudantil independente e com a cultura popular "Gincanas, teatros, festivais, etc" ah! Sou alucinado por blues, Byron, Castro Alves, Alvares de Azevedo, Neruda, etc..  Por parte de pai um avô padeiro, militante revolucionário, e de mãe, outro, operário, que lutou com FEB na 1ª Guerra Imperialista. Mãe do lar, pai comerciante.

Fiz provas para o 2º grau técnico em agronomia, Rio Pomba - MG com
intensão de formar e prestar solidariedade nas fazendas de camponeses pobres sem-terras, onde estudei por algum tempo, até transferir-me para Belo
Horizonte, tinha 15 para 16 anos, nunca mais voltei para casa de meus
pais.

Sozinho e sem dinheiro na capital mineira morei na casa de amigos até
as coisas melhorarem, depois, voltei um tempo para Juiz de Fora. 

Trabalho como fotografo, diagramador, e web designer na UFMG, estou envolvido em projeto de um jornal stander o BHZETA que tende a crescer está na sua III edição.

Tenho trabalhado em um livro de poesias que está pelas metades
"Vermelho - tentativas poéticas" do qual as poesias que lhe enviei são fragmentos.No mais é isso!

Mais informações em:
www.ely.cjb.net

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
BRASIL: COLÔNIA E ESCRAVIDÃO
28 de Outubro de 1999

Por oceanos e mares afora
Barcas velas alçadas d' aurora
Sobre águas - litigiosa expedição ao pretenso
Desliza oscilante o barquejo no azul imenso

Rara vida no negrume versus alvorada
Óbito - urde o trovão raio hidro-dilacerada
Divisão de águas sob o sol cáustico
E na medula segue o comboio luso náutico

Em mente - anseios fétidos é lume a leviana
Selvagem turba do algoz a lusitana
Gargareja o sangue do tapuio a reviria
No conluio explicito da motriz hipocrisia

Mal sustende o cruzar dos oceanos
Lança a âncora e seus grilhões profanos
Bispa o índio invés da canela e do cravo
Homem ao homem animal seu escravo

Pólvora alva à flecha rubra
Solo de sangue que poreja a alma turva
Carnificina do eclesiástico genocídio cristão
Colonizador asno sórdido errante do tufão

Eldorado - dimanar do bandeirante caçador
Morticínio a frente - rumo ao ninho do condor
Tira a vida nômade selva a dentro a matança
Grita o índio – inda tarde verás vingança

Arde o fogo as labaredas da história
Vermelha é a terra  que fecunda a vitória
Ó escravo seu servo forçado estrangeiro
Trás agora o negro em navio negreiro

Pelo oceano em balde corre dois mil clamores pro infinito
Aclama:  “ó deus pai” - sem resposta a um só grito
Senão – rebeldia o furacão a todos países uni-vos
E no baldrame da violência elimina os inimigos

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
BRASIL: 500 anos de pilhagem

Bandidos brancos que do norte viam
Em seus barquejos de vela galopante
Bandidos homens de lei
Bandidos a serviço do rei

A bandeira lusa em seu mastro hasteada
Pároco matutino a reza hebraica
Em nome do Cristo pobre sofredor
Tordesilhas a dentro o navio descobridor

Soberanos do mar 
Deuses da epopéia sublime
Desvendadores dos mistérios oceânicos
E das rudes tempestades marinhas 

Nas terras virgens dos índios nus
Desbravando o enigma das vagas
Levados pelos ventos afoitos
Ateados pelas sereias das brumas

No clarão dos olhos de Iemanjá 
Quem serão estes nus?
Bravios guerreiros?
Das naus indagavam os marinheiros

Curioso sorri o índio indômito
Na recepção laboriosa da maldade
Desconheciam Bárbaros herdeiros
Colonizadores das terras do pau-brasil

Chega!! Basta desse manto imundo de luto
Chora o povo sobre o ouro de Camões
Ainda que não bastasse
Tragando soluço e emoção com Os Escravos
Do mestre e maior de todos
Reconhecido até mesmo por bandidos
Nas praças e ruas avenidas e cidades
Monumento Castro Alves

E sobre as ruas que teu nome levam
Cruzam ainda as malditas caravelas
Os gringos que ao nosso povo amolgam
500 anos de nojenta veemência
No beira-mar de tuas terras
Revivem aqueles dias de tuas mágoas
Conjurando nossos heróis a escuridão
Mas estes como tu, estão eternos no coração

Juiz de Fora
1 de abril de 2000

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
MENSAGEM À UMA MULHER
16/12/99
 

Olá!!!
Deixe-me por alguns segundos 
mirar bem ao fundo dos teus olhos 
e aclamar tua beleza que se resume
num simples mirar impresso em seu brilho. 
Permita-me ainda aproximar de ti, 
e sentir o bater do teu coração 
acelerar à deriva da seiva de consentir 
da maneira mais delicada possível, 
que eu possa agora, com meus dedos 
delinear o contorno do seu belo rosto, 
placidamente percorrer de olhos fechados
o caminho até teus lindos lábios, 
recostando-te docemente 
até envolver tua boca a minha. 
Depois novamente mirar nos teus olhos 
e perceber dilatadas tuas pupilas. 
Ao fim direi que agora fico, 
pois já não posso viver sem você!
 

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
Natureza animal
 

(Agonia)
Apesar da angústia
Ainda é plausível sonhar
Não cruzarei a velha ponte
Embora deseje doidamente
Outros descreverão suas fantasias 
Distintos contos inacreditáveis,
Verídicos com toda fidúcia
Eis que existem e são fantásticos!

(Insensato)
Nada que é possível ser feito
Pro depois deixar
Cautela, prudência, sensatez
Nada! Somente audácia
Entusiasmo desatino
Encontrar o pólo positivo
Na mais negativa carga
Ser capaz de lobrigar
A luz no fundo do túnel

(Afetuoso)
Perceber no mais profundo
A interminável loucura 
De viver intensamente
Cada segundo da aurora
Melancólico ou não
Embriagado talvez
Encorajado etilicamente
E suportar sua psicopatia de ser

(Impetuoso)
O fim dos selvagens tempos
Não terá fim eterno
A selvageria é da carne
Encarna na órbita animal
O homem e sua astúcia
Não difere de suas raízes
Liberta no mais fugaz
O apaixonante ideário de liberdade

  B. Horizonte, 25 de Maio de 2000

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
Nostalgia

Eu morro de saudade e se me nutre
Inda mas tristes, desbotadas veias
O sangue do passado e da esperança
Augusto do Anjos


Jorra maldito sofrimento de meu coração
Sofro de amor infundido ao infinita paixão
Deliro a falta de coragem sufoca-me a dor
Resvala meu canto sufocado ao langor

Sentimentos ostentam na face o palor
Delineiam-se os traços do padecer
Em virtude a inconseqüência 
De amor etílico derramado a minha ruína

Em meu sonho jazes as flores
No olhar um semblante incógnito
Vagabundo ambulante injustiçado
Pelo cálice do vinho derramado na alma
Embriagando meu semblante infante
Expondo-me ao delírio do não vivido orgasmo
O meu amor por esse mundo vagas
Junto ao fruto do meu potente amor

Porque foges da minha incompreendida verdade
O que queres?
Ver meu túmulo coberto de flores

Serás preciso morrer de amor
Viver a verdade de toda minha dor
E restará então minhas cinzas?

Meu calvário se aproxima a cada instante
Escuto as cavalgadas celestes 
Posso sentir os últimos suspiros e saudades
Dos meus lábios e braços aos teus
Vegeto enraizado o sofrimento
Beberei das paixões futuras
Ainda que minha alma tenha sido sepultada
Perpetua minha sede de lutar

Belo Horizonte, 18 de Junho de 2000
 

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
O Cosmo

1 (Avante)

No encete cósmico da estirpe um ovo
Bradando de energia atômica
Coquetel inorgânico ou não?
No “panelaço” do universo a ferver
A bomba da “vida”
Bummm!!!!! 
Labaredas, cometas de fogo
Potência infalível pelo orbe afora
 

2 (Floresce)

Bolas de lava ao infinito
Estilhaços do ovo da “vida”
Navegando anos luz
Deixando seu rastro fulgurante
- Outras bolas de fogo -
Ao universo condecorar
Ladrilhos de luzes
Energia e labor
 

3 (As mãos de Deus)

Não se via o crepúsculo negrume
Senão o labor de luzes intermináveis
Apenas pedras de fogo
Imensos cometas cortando e debatendo
Espalhavam-se os estilhaços
O calor atenuando
Editando nébulas e o estrelário 
Harmonizando os astros e os céus

4 (Cores)

O entretom de luzes cruzadas
Tridimensionais acordes
Invisíveis a olho nu
Tonalidades opostas ao lúcido clarão
O estrugir dos cometas 
Fragmentos e labaredas 
Junção de luas e astros
Estrelas, luminares e planetas 
 

5 (Tépido período)

Infinitas galáxias formadas
Planetas na órbita do tempo
Sob a gravidade concêntrica
Calor, terra, fogo, água - vida!
Orgânica inorgânica – pedras!
Conchas, mariscos abalones
Oceanos mares maremotos
Terremotos, placas tectônicas
 
6  (Ego)
Ondas negras e fugazes 
Inato avejão interminável, 
Espectros reivindicam asilo 
Esgrimindo insignificantes lamúrias
Longe do céu ou do chão
Como o condor afora de seu ninho
Que pranteia soluçante no ar
Em busca de calor no materno colo

7 (Negação materna)
Se alguém sonhou com frutas
Dela comeu-lhe a semente
Lambuzou da sua doçura
E no ventre do universo
Delirou as vozes do pai
Sucumbiu o a realidade do Cosmo
E a maternal energia do universo
É negador da uterino confesso

Belo Horizonte, 15 de março de 2000
 

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
E de repente,
22/2/2000

E de repente, 
caiu o a noite serena no clarão fugaz, 
de longe o brilho da áurea eu via, 
feito um contorno dourado 
à tua beleza na escuridão a dentro
Os meus passos desordenados, 
tímidos e desesperados, 
iam-se um a um ao teu encontro
Diante de ti me vi desajeitado 
sem lugar no espaço
Apaixonei ao te olhar! 
Descrevo-te:
Teus cílios, 
são feches de ouro 
a enaltecer teus olhos belos e negros
Tua voz, 
é a melodia lúgubre  que erigiu o Blues
Tua boca, 
é um santuário de amor 
acentuada e contornada 
com a mais fina flor
Teu corpo, 
sugere a perdição em todos pecados
Por isso te amo!
És o fogo que ilumina-me a escuridão, 
a água que preciso, 
e a terra em que me enraízo!

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
Soneto ao Subversivo
01/10/1998 

Diga-me o que causo em peito alheio
Esse asco patronal, que ojeriza em seu seio
Advém das profundezas obscuras do pensamento
Não adianta, a roda não para um só momento

Cada dia que tu roubas meu labor
Pagarás com a tua alma apodrecida esse valor
Os insultos que me fazes agora
Será os teus que pagarão a frente da história

A terra há de tremer como vós há de temer 
Defenda a ti e vossa alma, perante esse impasse
Somos somente a maioria em castiço ódio de classe

Um dia a vida será um mar de glórias de novas histórias
E a turva alcunha que nos deste de terror
Sairá do casulo colorindo ao novel alvor
 

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
WWW 
"...depois de alguns segundos extraídos da eternidade,
como um corisco selvagem que ninguém sabe donde veio,
riscar a seus pés em Teresina, em Tóquio, em Cingapura,
em qualquer aldeia africana ou no Inferno..."
Soares Feitosa,
in Manifesto do Jornal de Poesia

Que belos tempos assim dizer podeis
Em que as naus invadem os lares
Na extensa teia pelo globo afora
O poema é um bem de quem carece
E dele se apossam os amantes
Os versos exprimem a ousadia
São as chaves das portas lúcidas do coração
Encontres lá um verso de Feitosa
Ou de um desconhecido versátil
E deles faça o verso a tua amada

Venham desconhecidos tímidos
Um naco de página vos espera
Acanhado - então se achegue alcunhado
O simples verso é trincheira futura
Venha florir com tua pureza
Teu mais sutil sentimento
Compartilhar os versos teus
Com a premiada literatura de Saramago
E haverão de amar tua arte
Eis que consangüínea confraria liberta
 

Estamos em pleno mar!!!

Um oceano de dor poreja ainda
Os filhos do povo que sois, morrem
Camponês sem pedaço de chão
violeiro sem violão
O prélio por viver
Penúria em toda aresta
Cantemos irmão nossa arte
Gritemos nos ouvidos dos mares
Protestemos a contemporânea injustiça
Brademos juntos por um mundo novo


Belo Horizonte, 13 de Julho de 2000

Início desta página

Ely Duarte
R. Leopoldina, 849/104  - Bairro Sto Antônio - 
30.330-230 - Belo Horizonte - MG 
 <netblues@ig.com.br>
O QUE PASSA
12 de Dezembro de 1993

Na minha cabeça
Somente você
Não paro de pensar
Nem um minuto sequer
Meu sonho é te beijar
por algum segundo qualquer;
Te envaidar, fazer tu delirar
devagarinho colocar
meu apaixonado olhar
diante dos olhos teus;
Esperar que venhas morder
com sua linda boca
esses lábios meus;
Despojar sorrindo teu perdão
o arrependimento pago
com a minha solidão;
Te arrancar do peito
sua escondida paixão;
E ver que novamente
dessa vez eternamente
a gente se amando sem parar!!

Início desta página