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Responsável:
Soares Feitosa Endereço |
elianemalpighi@voe.com.br |
Uma notícia biográfica |
elianemalpighi@voe.com.br |
Eliane Malpighi é uma brasileira – paulistana - de 46 anos,
mas
residindo em Curitiba há 6 anos, apaixonada pela escrita desde o início de sua adolescência e que continua se exercitando quase que diariamente na tentativa e busca de aprender a ser poeta. Escreve desde os 14 anos e trabalhou por alguns anos como revisora, tradutora e 'ghost- writer'. Atualmente atua na área redatorial e diz que "engana" como artista plástica quando de vez em quando resolve arriscar-se entre tintas e pincéis e, de uns tempos para cá anda gostando muito de lidar com imagens e textos através de ‘softwares’ repletos de possibilidades. Participa de algumas listas de discussão de literatura e poesia
na internet, espaço no qual atua também como editora de alguns
suplementos como o Diário Poético (http://diariopoetico.cjb.net/),
que como o nome denuncia é veiculado diariamente; sendo também
a editora responsável-coordenadora do Suplemento
Muitos de seus poemas estão alojados em diversos sites de língua portuguesa e também em algumas Antologias de Poesias, tendo recebido nesta ‘jornada de escritora’ alguns prêmios na categoria poesia e conto. |
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das horas que se arrastam
quero interpretar os silêncios da insatisfação das obrigações desconexas busco sons que te chamem atolada em movimentos que me prendem toco tua ausência sentindo o amargo gosto da espera beijo tua boca ouvindo músicas sem sons retenho teu calor sentindo o amargo gosto da solidão ouço tua voz vendo o azul desbotar aperto tuas mãos presa às horas que não passam exilo-me em nós mas cai uma lágrima
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saudade
e no abstrato da tua imagem salta do meu peito um coração sem bagagem |
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en-saio
porque há fragmentos inteiros grandes indi(vi)síveis
que pra sempre farão parte da história da minha vida imolo-me
em enganosa melodia notas caindo sobre irreversível memória
roteiro não imaginário não convocado onde permanecerei
entre a luz e a sombra desconhecida região bifurcando meu olhar
que pulsa sobre a quase incoerente lucidez impotente e o tênue fatal
fio intransponível onde ainda atrapalhados meus pedaços caminham
fundidos em irretornável definição de uma dor não
mutante que vagarosamente me desenha inquieta mas decidida no enfrentamento
de mudanças inabsorvíveis necessárias inconfundíveis
no maduro amor que sólido voou para além do pouso das palavras
que invadiram mais que dedos sonhos leves manchando de adolescência
a mulher que sem afobação desenredou-se momentaneamente por
anos que não se contam do cálido esconderijo onde continuavam
respirando suaves dores fundas no delicado silêncio transfigurado
pelo leve susto feliz que seduzido escancarou inocência audaciosa
e trouxe insônia murmurando inconclusões nos momentos onde
fogo e vento me despiram de cuidados e cúmplices inventariaram iluminuras
lacunares num coração trêmulo sobre precária
calma que sem rede trapezeou perfilados passos cujos gestos irrespiráveis
continuamente me mostravam incansáveis e não acidentais que
a lua minguante crescente ou cheia sempre continuaria girando em torno
da terra provando matematicamente que o mundo nunca girou em torno de quem
sendo vício e virtude se veste agora de ternuras pro que não
se pode dizer adeus porque inseparado estará da integridade que
habita a distante margem de onde espreito desencolhida o recolhimento das
emoções que nunca desaprenderão o gosto intenso de
que amar na maturidade é paradoxal ensinamento de que verdadeira
fidelidade é poema pra sempre interminado renovando-se na constante
gestação cuja beleza maior é lembrar que foi vida
parindo em quem numa estranha resistência foi encontrada em estado
de pequena morte inventariando ocasos e outonos que desafiando tempos e
fins refizeram-se em lágrimas e beijos porque é assim que
nunca poderão ser desescritos.
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elianemalpighi@voe.com.br |
dancei a valsa da solidão
cantei o som dos náufragos visitei museus de sombras viajei por cidades destruídas pintei quadros de sonhos abstratos escrevi poemas de sangue chorei uma saudade invisível apenas esperando o fim
vesti então a pele da ilusão
na porta do que imaginava desesperança
que apresentou-se com teu nome me apertando em braços fortes
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o homem que eu amo
atravessou o meu deserto e entrou em mim como oásis varreu as folhas secas de um inverno longo que quase me matou de medo, de frio e solidão trouxe de um outono de sonhos um hoje que me sacia e na primavera com que me invade quero embriagar-me em seus beijos
és o avesso da minha ilusão
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Balada de um amor que é teu
eu apenas me deixando amar
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do abraço
que me despediu já que estou
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Desafio à lógica
fenômeno circunscrito
seca-me a boca
advento
porque é no teu início
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Bodas de ausência
do alto da insanidade que não tenho
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Contracanto
livres
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