Contra o sol seu corpo sibila
Devagar... quase hipnotizando
O que é certo, o que é errado...
De repente nada disso importa
Queimo minha língua na sua... bipartida
E seus esses dilaceram a alma do poeta
O homem cai lentamente junto ao seu corpo
O que é certo??
Homem e poeta se confundem, são um só
Seu corpo...
Pele macia para o poeta que sonha
Navalhas para o homem que nele corta suas mãos
O que é errado?
Você escreve as regras
Mas nunca joga por elas
Um ponto a mais no jogo que você nunca perde
Será?
Onde você quer chegar?
O que você quer provar?
É pra mim ou pra você?
Talvez o corpo do homem sinta o que o poeta vê
Mais do que poderia, menos do que gostaria...
Sua respiração em meu pescoço... quente
Quem sente?
O homem que é o poeta, o poeta que é o homem…
Quem se perde? Quem se entrega?
Nós… nos rendemos
A síntese... eu
Você é a Serpente e o Paraíso
Eu caí e quero essa maçã
Me diga o preço...
Quero essa maçã... |