O Mar, pai distante, ouço ainda.
O cheiro da espuma salgada,
Não obstante as leis naturais,
Tenho impregnado nas narinas.
Em paulista terra desterrado
Cumpre-se hoje a minha sina :
Vivendo, como em nau imaginária,
Num quarto de hotel em Campinas.
Mas não me queixo da sorte,
Esta imprevisível amiga,
Nem da imponderabilidade da vida.
Viver é como navegar sem rumo
E ser feliz é enfrentar o mar
E na tempestade não perder o prumo. |