Fred Matos

Desterrado
 
 
O Mar, pai distante, ouço ainda.
O cheiro da espuma salgada,
Não obstante as leis naturais,
Tenho impregnado nas narinas.

Em paulista terra desterrado
Cumpre-se hoje a minha sina :
Vivendo, como em nau imaginária,
Num quarto de hotel em Campinas.

Mas não me queixo da sorte,
Esta imprevisível amiga,
Nem da imponderabilidade da vida.

Viver é como navegar sem rumo
E ser feliz é enfrentar o mar
E na tempestade não perder o prumo.

                                                                     

[ ÍNDICE DO AUTOR ][ PÁGINA PRINCIPAL ]
 
 
 
 
 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  22  de  Junho  de  1998