Fred Matos

Soneto Destramado
 
 
Cato palavras no Aurélio
E faço versos como muros,
Nunca ouvi cantar as musas
Nem tenho sentimentos puros.

Não tenho a visão dos místicos
Nem sei concatenar o abstrato
Não importa o que penso ou sinto :
O que escrevo é retrato.

Não lhes quero impingir pilhérias
Dizendo de coisas que não vivi
Nem quero expor minhas misérias.

Não há nada essencial de que eu faça,
( O sonho é pessoal, a vida fatal )
A trama deste drama banal.

                                                                     

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 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  22  de  Junho  de  1998