Fábio Afonso de Almeida


Minutos

Espaços Vivenciados amesquinham Em torno de sólidos egocentrismos E excrecências pontiagudas de realidade Desnudam-se ante o revoluteio incessante Da possibilidade dos atos e fatos, Mesmo que as circunstâncias pareçam sempre Uma concreta e coerente parede. Oh! Minha alma rude e insensata Sangra-se ante a dureza branca e Iógica Do limite incontestável deste muro! Embora sinta a liquidez mágica E probabilística destes interiores, Pensa como pode e bate inutilmente No fatalismo justo das perspectivas, Enrolando, passo a passo, os minutos De um tempo próprio e sem tempo.


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