Fábio Afonso de Almeida


Madrugada

Que noite estranha aquela. Vagando sozinho pelas ruas Sentia ainda na carne teu calor E no cérebro a dureza das tuas palavras. A lua pálida, distante Parecia patética e indiferente A saltar de beiral em beiral No cimo das casas antigas. Parecia zombar: Vai, seu cabeça oca, vai novamente Vai encontrar a solidão que te persegue Chorar mais uma vez o abandono. Quem te mandou sonhar?


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *