Os antigos invocavam as Musas.
Nós invocamo-nos a nós mesmos. Não sei se as Musas apareciam — Seria sem dúvida conforme o invocado e a invocação. — Mas sei que nós não aparecemos. Quantas vezes me tenho debruçado Sobre o poço que me suponho E balido "Ah!" para ouvir um eco, E não tenho ouvido mais que o visto — O vago alvor escuro com que a água resplandece Lá na inutilidade do fundo... Nenhum eco para mim... Só vagamente uma cara, Que deve ser a minha, por não poder ser de outro. E uma coisa quase invisível, Exceto como luminosamente vejo Lá no fundo... No silêncio e na luz falsa do fundo... Que Musa! ... |