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       Comentários 
 Nei Duclós 
 
 
 Um
      dia, o barro 
 
 From: Nei Duclós <nei@consciencia.org> Sent: Tuesday, July 16, 2002 5:40 PM Subject: Comentário sobre Architectura 
 
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       Sonia A. Dias 
 
 From: megatec@uol.com.br 
 
 Sê mesmo Sozinho, és Todo e Tudo. Só
tu és capaz de trazer os pássaros do ninho
 belíssima
construção
 e
que lá fora os pássaros
 seja
frágil poema
 que
os pássaros tragam 
 Feliz
estou por estar em ti
 
 
 
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       João Gomes Moreira 
 
 From: moreira@pcnet.com.br Parabéns pela beleza, concisão, progressão rítmica: uma obra de Arte! 
 
 
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       Elíude Viana 
 
 From: eliude@tvsom.com.br 
 Architectura ou "Gênesis", Poeta? Pois não haveria melhor resumo à primeira parte da literatura bíblica, Profeta, que esse teu poema. Porque nele, além da presença, quase palpável, do amor, que não foi explicitado no livro da criação, ainda teríamos o resgate da figura da mulher-protagonista-cúmplice, alijada (pois "culpada") no relato da construção do mundo primeiro. Teu louvor sensual ao companheirismo enternece, Poeta. E nos enobrece, a nós mulheres. Elíude Viana. 
 
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       Lustosa da Costa 
 
 From: sobral@essencial.com.br SF Sua poética é muito maior do que pensa e do que pensam os contemporâneos. É o que me ocorre dizer ao ler Architectura e reler Thiago, Lustosa da Costa 
 
 
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       Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes 
 
 From: diatahy@ufc.br 
 Dom Feitosa: Acabo de ler o seu poema nesta madrugado do dia 20, que ainda só nasceu no quadrante do relógio. O que me encanta é essa loucura da cinestesia criada
pelas imagens,
que só a língua do poeta é capaz de criar. Por isso
ele é perigoso e merece ser perseguido pelos poderosos do momento:
ele anuncia mundos virtuais que, no entanto, existem em nossa sensibilidade.
 Diatahy 
 
 
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       Natália 
 
 From: nslems@vip2000.net Não entendo nada de poesia... adoraria comentar Architectura com as palavras de quem sabe os nomes e as características de fases poéticas, como quem estudou ou aprendeu de tanto ler... Não tenho essa facilidade. Suas palavras me encantam.... é só isso. 
 
 
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       Carmen Beltrão 
 
 From: aynis@hotmail.com Ar, o ar presente em seu
poema 
 Chi, chiove talvez, ou
faça sol 
 Tec, tecnicamente perfeito 
 Tu, docemente invades 
 Ra, raiz de nossa terra 
 Ave! 
 
 
 
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       Beatriz Fernandes 
 
 From: mbfernan@uol.com.br 
 Quanto à Architectura....Ah! Architectura.... Já o tinha lido, não uma, mais várias vezes... só não enviei comentários porque não tinha o que dizer... O que interessa, a forma, o rítmo, a estrutura da frase... o delicioso sentido da construção do ninho, como aparece nos comentários que eu li? O mais importante é o sentimento que ele desperta além do ninho... a sensualidade do amassar do barro... a excitação do alisar as telhas... Diz-me, oh Poeta!!! Como uma simples mortal pode descrever com palavras estas sensações? Abraços e obrigada pelas emoções despertadas... Bia 
 PS. Estás perdoado por escrever meu nome errado.. é Beatriz e não Biatriz e também por me promover a poeta. Aliás, estás perdoado também, por todos os pecados que ainda possas cometer... 
 
 
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       Paulo Torquato Tasso 
 
 From: unafiscoba@uol.com.br 
 Architectura cheira a terra, cheira a origem, cheira a mato, cheira a primórdio, cheira a raiz. As pessoas se deslumbram com isto por estarem, talvez, em busca de algo que não encontram no nosso mundo. O que parece é que você também não está encontrando, haja vista a emoção concentrada em dose cavalar que conseguiu colocar em apenas duas dúzias de palavras. Contudo, traduziu não só sua agonia, mas a de milhares de pessoas: daí a magia do artista. Se realmente existirem neste país poetas, intelectuais e críticos que mereçam estes nomes, tua obra será leitura obrigatória para os vestibulares do próximo século (existirá este diabo então?).Você seria sempre artista, independentemente do instrumento de expressão que utilizasse. 
 
 
 
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       Danillo V. B. Silva 
 
 From: Danillo V. B. Silva Vsildan@aol.com Arquitetura         
Usando as palavras de forma "arquitetônica" construistes um Templo
à POESIA, cuja forma foi desenhada
por Ela e Tu, como mestre, atijolastes as paredes, com tijolos por
ti amassados, com o mesmo carinho que um
 
 
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       R. Rondan-Roldan 
 
 Belo poema. Belíssimo. Plumas e diamantes no oco do silêncio. O sangue contido. Fervendo. 
 
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       Carla Pereira 
 
 Esse poema a mim tocou-me de uma forma especial passei-o para meus cadernos para o poder ler mais tarde a meu namorado o nosso sonho é também construir a nossa casa o nosso ninho de amor, o nosso refúgio feito de sonho onde nos achamos e nos completamos um ao outro. Um dia desenharei essa casa feita apenas á nossa medida, a casa que ele construirá com as suas mãos e eu com as minhas mãos hei-de ao fim do dia acarinhar as suas mãos cansadas. Carla 
 
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       Eloí Elisabet Bocheco 
 
 From: eloi@earth.yadata.com.br Que surprise bonita! Um poema escrito em 19.11.98! Gosto tanto dessa ordem sintática que você usa e que dá um toque de beleza e força ao dito."Os tijolos, eu os amassarei com os meus pés" Também em "hei de aprontar o barro mais macio" — "hei de aprontar" é quase um repouso. Até mais! Eloí 
 
 
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       Comentários 
 
 From: ALEXPALERMORAMOS@aol.com Sent: Friday, November 09, 2001 11:07 PM Subject: Comentário sobre Architectura 
   (Um dia, Ela desenhará em chãos longínquos a nossa casa) Jú, eu achei magnífico a forma que ele dedica o poema a ela, lembrei da carta a minha noiva. Olha que forma mais poética de dizer que ele será apenas um servidor aos desejos da amada, (Ela,desenhará no chão) a ele não cabe nem interpretar uma planta, ela dará forma efetiva a casa, (desenhando-a no chão). Isso para mim também tem o significado que ela definirá os alicerce de suas vidas. Não bastando isso, ele desfecha o verso, com: que eu farei com essas mãos, ele agora construirá com as próprias mãos a casa, dependerá das mãos dele, do trabalho dele: - a sobrevivência!.. e o abrigo do casal. Adiante, ele define que os materiais, e o que todos comprariam: ele fará. com os pés no barro, um contato primitivo com a natureza, com a terra (para mim significa a harmonia com o universo, a comunhão a paz de espírito. Aí ju, vem um verso lindo, As telhas - Hei de aprontar com o barro mais macio. Para o telhado, aquele que os abrigará do sol árduo, das tempestades, do sereno frio da noite; ele tem o cuidado de preparar com o barro mais macio. É o compromisso de cuidar e acariciar, proteger com zelo. As formas serão por mim, uma a uma completadas. agora sim ele preocupa-se em dar forma, em criar. diferente do alicerce e da forma da casa, onde ela as define; agora ele definirá e moldará as telhas, uma a uma. a proteção, a segurança, o cuidar cabe a ele, e com o barro mais macio. Ela alisará longamente seus dedos molhados em profundo silêncio: A ela, cabe alisar as telhas, acaricia-lo. Sem contar que dedos molhados tem também sentido de masturbação, de satisfação sexual. Em profundo silêncio... só o mais puro amor curte-se em silêncio... sente-se! Só pássaros. (deixou-me com a imensa vontade, também, de construir meu ninho.) 
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