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John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana

— Soares Feitosa

John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana

Nunca direi que te amo

 

 
Sem nenhum aviso,
as sardas de um rosto, vieram as sardas
e eram notícia de uma navegação morena;
uma voz rouquenha, como se abafasse
o grito súbito sobre este porto 
de nenhum aviso.
Nunca lhe direi sobre o amor:  jamais faria
declaração de posse às minhas mãos;
nenhum registro público hei de requerer
sobre meus pés; nem protocolos mandarei abrir
sobre meus braços;
mandato algum darei sobre meus olhos:
cega-me a crueldade desta posse.
De que haveria de falar, se a voz 
me some nos contrastes deste aviso súbito? 
Os segredos, 
não os desvendarei  — 
as mãos, a voz, este "sim" — 
porque
Ela,
subitamente a tua voz morena:
a flor, o vinho.
 

Fortaleza, noite alta, 3 de outubro de 1999
 

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John William Godward (British, 1861-1922), Bellleza Pompeiana

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— Soares Feitosa
Ich werde nie sagen, 
dass ich dich liebe
 
Ohne Vorwarnung,
die Flecken in einem Gesicht, erschienen die Flecken
und sie brachten Nachricht von einer dunkelhäutigen Reise;
eine rauhe Stimme, als esticke sie
den plötzlichen Schrei über diesem Hafen
ohne Vorwarnung.
Ich werde zu dir nie über die Liebe sprechen: ich würde nie
eine Besitzerklärung über meine Hände machen;
ich werde keinen amtlichen Eintrag 
über meine Füsse fordern; und ich werde keine Protokolle 
über meine Arme anfertigen lassen;
keine Vollmacht über meine Augen werde ich ausstellen:
ich werde blind von der Grausamkeit dieses Besitzes.
Wovon soll ich sprechen, wenn mir die Sitmme
schwindet in den Kontrasten dieser plötzlichen Warnung?
Die Geheimnisse,
ich werde sie nicht enthüllen - 
wegen
ihr,
plötzlich deine dunkelhäutige Stimme:
die Blume, der Wein.
Fortaleza, tiefnachts, 3. Oktober 1999

Marcel Vejmelka
marcel@vejmelka.de
http://www.vejmelka.de/marcel/

 
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— Soares Feitosa
Maie dirò che ti amo

Senza nessun annuncio,

le efelidi di un volto, vennero le efelidi

ed erano notizia di una navigazione bruna;

una voce alquanto rauca, come se strozzasse

il grido improvviso su questo porto

di nessun annuncio.

Mai le dirò sull’amore: mai farei

dichiarazione di possesso alle mie mani;

non ho alcun registro pubblico da reclamare

sui miei piedi, né ordinerò di aprire protocolli

sulle mie braccia;

non darò alcun mandato sui miei occhi:

mi acceca la crudeltà di questo possesso.

 

Di cosa avrei da parlare, se la voce

mi fugge nei contrasti di quest’improvviso annuncio?

I segreti,

non li rivelerò -

le mani, la voce, questo «sì» -

perché

Lei,

subitamente la tua voce bruna:

il fiore, il vino.

 

(Fortaleza, alba inoltrata, 3-10-1999) 


Virgilio Zanolla
virz2000@alice.it

 
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