Francisco Inácio Peixoto


Pedreira

Dependurados no espaço Eles ficam ali o dia inteiro Arrancando faíscas Furando buracos na pedreira enorme que reflete como um espelho As suas sombras primitivas. À tarde ouve-se um estrondo E o eco repete a gargalhada das pedras Que vieram rolando da montanha. Os homens de pele tostada Descem então dos seus esconderijos E caminham pras suas casas Vagarosamente decepcionados Segurando nas mãos cheias de calos As ferramentas com que procuram Há uma porção de anos O segredo que lhes dê Uma nova revelação da vida...


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