Francisco José Rodrigues


Serena Noite

Noite, serena noite, eu volto ao teu doce regaço como alguém que, ausente, chorasse por teu seio e teu conforto ou suplicasse por teus mornos braços. Noite, serena noite, eu te amo como se fosses minha mãe, ou meu refúgio de todo o mal do mundo, ó noite cara aos meus sentidos e aos meus passos ágeis. Ó noite, tu me encobres, protetora, contra todos os males, contra olhares, que hostilizam, olhares que torturam este pobre de mim ao dia exposto. Noite, serena noite, eu volto ao teu doce regaço com meus passos ágeis.


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