Fernanda Lohn Ramos
Entardecer
No meu sofrimento encontrei meu ideal
Quero ser eu
Enfeitar-me de sorrisos
Beijar, cantar...
Deixar o entardecer comunicar-se
Com meus pensamentos
Não intervir no desejo
Viver, deixar rolar
Sinto-me estranha
Meus doces, grossos gestos
Meu ridículo gênio
Orgulho fatal
O som não me contenta
A vida torna-se um martírio
As lágrimas amigas que me socorrem,
A escuridão prevalece dentro dos meus sonhos.
Meu verdadeiro ideal
Objetivo, certo e direto
Algo além das expectativas:
Ser feliz.
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