Fernanda Lohn Ramos


Entardecer

No meu sofrimento encontrei meu ideal Quero ser eu Enfeitar-me de sorrisos Beijar, cantar... Deixar o entardecer comunicar-se Com meus pensamentos Não intervir no desejo Viver, deixar rolar Sinto-me estranha Meus doces, grossos gestos Meu ridículo gênio Orgulho fatal O som não me contenta A vida torna-se um martírio As lágrimas amigas que me socorrem, A escuridão prevalece dentro dos meus sonhos. Meu verdadeiro ideal Objetivo, certo e direto Algo além das expectativas: Ser feliz.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *