Fernanda Lohn Ramos
Essas línguas
O descanso do crepúsculo, a sonolência
Perco-me em situações que talvez
poderia evitar.
Ah! Essas línguas
Por que não as engulo,
Por que o sonho vem assim ,
de repente,
sem que eu queira?
Não sei, ou sei que na vida existem os
Frustrantes e os frustados
Eu inutilmente estou nestes últimos
O fogo que corroe minha garganta
Por que eu simplesmente não fecho
a boca?
Fogo que talvez destruísse tímpanos
de quem estivesse perto.
sinto-me em lágrimas
preciso de uma gota de amor,
de afeto, de carinho...
Vivo perambulando pelos pensamentos
vagos dos que me rodeiam.
A palavra seria paz,
talvez seja este o verdadeiro inferno
que me faz viver.
Que me empurra
que me rodeia.
Quem sabe um dia eu morra
ou me cale.
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