Só a natureza é divina, e
ela não é divina...
Se falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar
da linguagem dos homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nome às cousas.
Mas as cousas não têm nome
nem personalidade:
Existem, e o céu é grande
a terra larga,
E o nosso coração do tamanho
de um punho fechado...
Bendito seja eu por tudo quanto não sei.
Gozo tudo isso como quem sabe que há
o sol. |