Olho o Tejo, e de tal arte Que me esquece olhar olhando, E súbito isto me bate De encontro ao devaneando — O que é sério, e correr? O que é está-lo eu a ver?
Sinto de repente pouco, Vácuo, o momento, o lugar. Tudo de repente é oco — Mesmo o meu estar a pensar. Tudo — eu e o mundo em redor — Fica mais que exterior.
Perde tudo o ser, ficar, E do pensar se me some. Fico sem poder ligar Ser, idéia, alma de nome A mim, à terra e aos céus...