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 As lentas nuvens fazem sono,
 O céu azul faz bom dormir.
 Bóio, num íntimo abandono,
 À tona de me não sentir.
 E é suave, como um correr de água,
 O sentir que não sou alguém,
 Não sou capaz de peso ou mágoa.
 Minha alma é aquilo que não tem.
 Que bom, à margem do ribeiro
  
 Saber que é ele que vai indo...
 E só em sono eu vou primeiro.
 E só em sonho eu vou seguindo.
  
  
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