Nada
sou, nada posso, nada sigo
Nada sou, nada posso, nada sigo. Trago, por ilusão, meu ser
comigo. Não compreendo compreender, nem
sei Se hei de ser, sendo nada, o que
serei.
Fora disto, que é nada, sob o
azul Do lato céu um vento vão do sul Acorda-me e estremece no verdor. Ter razão, ter vitória, ter amor Murcharam na haste morta da ilusão. Sonhar é nada e não saber é vão. Dorme na sombra, incerto coração. 06-01-1923 |