Fujiyama
A Garcia Lorca
A branca madrugada não sabia
que encontraria o teu corpo, frio
como o orvalho que caíra
de noite, manso, sobre os olhos.
Estavas já no outro plano
imenso e leve, e breve habitarias
todos os lugares que só tu
e os anjos conhecem intimamente.
O súbito estremecer de uma folhagem
ao toque ingênuo de uma lebre,
e uma asa que deslizava lenta
sobre os teus lábios, eram tudo
que em teu redor inda se movia.
O resto, sem aviso, emudecera longamente...
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