Gustavo de Matos Sequeira



Peroguarda

Depois dos óleos fortes e brutais da Beira Baixa, uma aguarela chega, sinfonia de brancos que nos cega entre o loiro queimado dos trigais. Alentejo de longe triunfais, cuja visão nos ergue e nos sossega, vasto lagar, celeiro farto, adega, azinheiras, chaparros, sobreirais... Oh! meu bom Portugal de lavradores! Aldeia em festa, toiros, procissões, as imagens sorrindo nos andores, moiros em cada cântico plangente, canas verdes e junco, em vez de flores, e ao alto, a arder, o coração da gente.


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