Porque andas tu mal comigo
Ó minha doce trigueira
quem me dera ser o trigo
Que andando pisas na eira
Quando entre as mais rapargar
Vais cantando entre as searas
Eu choro ao ouvir-te as cantigas
que cantas nas noites claras
Por isso nada me medra
Ando curvado e sombrio
Quem me dera ser a pedra
em que tu lavas no rio
E falam com tristes vozes
Do teu amor singular
Aquela casa onde coses
com varanda para o mar
(e) por isso nada me medra
ando curvado e sombrio
quem me dera ser a pedra
em que tu lavas no rio
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