Gregório de Matos

A Nossa Senhora da Madre de Deus Indo Lá o Poeta

Venho, Madre de Deus, ao Vosso monte E reverente em vosso altar sagrado, Vendo o Menino em berço argenteado O sol vejo nascer desse Horizonte. Oh quanto o verdadeiro Faetonte Lusbel, e seu exército danado Se irrita, de que um braço limitado Exceda na soltura a Alcidemonte. Quem vossa devoção não enriquece? A virtude, Senhora, é muito rica, E a virtude sem vós tudo empobrece. Não me espanto, que quem vos sacrifica Essa hóstia do altar, que vos ofrece, Que vós o enriqueçais, se a vós a aplica.


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