Homero Prates


O Diamante

Ó divinos Heróis! que uma eterna auriflama Atrai para o esplendor da noite merencória! Este é o Inferno de luz que a vossa febre aclama Em gritos de loucura e em gritos de vitória. Nele, como num mar de luz fiava e ilusória, Encheis a Taça de ouro... E o vosso olhar se inflama! Bebei! que é o vosso sangue e esta é a divina chama Da ara branca e imortal da Beleza e da Glória. Ó agonia sublime! Ó jardim dos tormentos Divinos! onde, ó Luz, nos meus olhos deliras, Como uma águia ferida entre dois firmamentos! Olha-os! Morrem cantando, ó Beleza, que passas! E os Heróis, para os céus soerguendo as grandes liras, Tombam num resplendor de flamas e de taças.


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