Humberto Teixeira  

Assum Preto
 
Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dô

Tarvez pur ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá mió

Assum Preto veve sorto
Mais num pode avuá
Mil vez a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá

Assum preto, o meu cantar
É tão triste cumo o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meu

 
[Músicado por Luís Gonzaga, 1950]
 
Remetente: Marlene Andrade Martins

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  01 de dezembro de 1997