Humberto Teixeira  

Qui nem Jiló
 
Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté qui assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
 Com alguém que se deseja rever
Saudade entonce aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade o meu remédio é cantar
Saudade o meu remédio é cantar

 
[Músicado por Luís Gonzaga, 1949]
 
Remetente: Marlene Andrade Martins

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  01 de dezembro de 1997