João Borges de Barros


Soneto

Tão brilhante não é quando amanhece Do Sol, vencendo névoas, a luz pura, Dissipando do Inverno a estação dura, A Primavera tanto não floresce: Como a luz que as idéias enriquece, Como a pomba que os frutos assegura, Nesta, que do descuido a sombra escura Removendo, Academia hoje aparece. Nasce pois, brilha já e o tempo avaro Do progresso feliz nunca te prive, Como já cometeu, Liceu preclaro, Um númen mais sublime hoje revive, Do luso Jove enfim no régio amparo, Abre flor, Sol renasce, Fênix vive.


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