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Página atualizada em 16.10.1999

 
João Domingues Maia
(021) 221-4458  Fax (021) 252-9338
jdmaia@uol.com.br

ALGUNS POEMAS DO LIVRO
A MULHER ESCRITA
DE JOÃO DOMINGUES MAIA © 1996
ISBN 85-85575-16-6

MULHER
MARIAMADALENA
MULHER À MESA
SIMPLICIDADE
 
 
 

MULHER

Eu gosto mesmo
é da mulher partida
entre mim e a vida.

Que tenha passado
para ter futuro.
Que tenha procuras
para ter o encontro.
Que tenha desejos
para ter o sonho.
E que já tenha amado,
pra saber amar.

Eu gosto mesmo
é da mulher achada
entre o tudo e o nada.

Que já tenha tido
pra saber falar.
Que já tenha sido
pra saber calar.
Que tenha perdido
para saber dar.
E que esteja partindo...
pra querer ficar.

Eu gosto mesmo
é da mulher inquieta
para o nosso encontro.


 
 




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João Domingues Maia
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MARIAMADALENA

Maria teve vontade de amar Madalena
sempre tão arrependida
dos homens que as deixaram
Madalena tão carente na solidão de Maria.

E Maria amou Madalena
Madalena amou Maria.
Tão santamente se amaram
pelo tanto amor que havia

que mantiveram nas noites
e perpetuaram nos dias
amores que eram dos homens
e os homens não percebiam. 




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João Domingues Maia
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MULHER À MESA

Algumas mulheres guardam 
na face descontraída 
coisa qualquer de secreto 
qualquer coisa não perdida

que se mostra no descanso 
com que o rosto cai na palma 
e o olhar cai sobre a mesa 
sem ver a mesa e a toalha.

E deste olhar sob-sobre 
quem vê de longe percebe 
que o certo é abrir-se à vida, 
dar-se ao mundo, não à mesa.
 




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SIMPLICIDADE

À noite, 
as xícaras já estavam todas na mesa 
e a vida seguia pronta 
antes do café-da-manhã.

Já se sabia da alegria 
ou do silêncio. 
Antes do café-da-manhã
já se sabia de tudo.

E até foram vivendo: 
eles, as crianças, os fins-de-semana, 
o trabalho, as despesas, as esperanças.

Foram vivendo. Vivem. 
E até posso crer 
que felizes...

O que incomoda 
é essa felicidade feita assim, 
antes do café da manhã.


 




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