José Eduardo Mendes Camargo


Propósito

Não quero viver sob o signo do medo Que paralisa os abraços, Nos desperta o temor à morte e, ao depois dela, Como dizia o poeta Drummond, E então morrermos de medo E nascerem flores pálidas e medrosas Em nossos túmulos. Quero sentir o ar puro da manhã em meus pulmões, E tocar a terra com a sola de meus pés. E fascinar-me com o canto dos pássaros, As cores da natureza, o perfume das flores E a beleza das mulheres. E saltar, gritar e dizer: Estou vivo, não me importa o grau de loucura Que se me atribuam.


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