João Maimona
Juscelino Vieira Mendes - jvmendes@dglnet.com.br
Poema para Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra.
C.D.A.
É útil redizer as coisas
as coisas que tu não viste
no caminho das coisas
no meio de teu caminho.
Fechaste os teus dois olhos
ao bouquet de palavras
que estava a arder na ponta do caminho
o caminho que esplende os teus dois olhos.
Anuviaste a linguagem de teus olhos
diante da gramática da esperança
escrita com as manchas de teus pés descalços
ao percorrer o caminho das coisas.
Fechaste os teus dois olhos
aos ombros do corpo do caminho
e apenas viste apenas uma pedra
no meio do caminho.
No caminho doloroso das coisas.
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