Senhor Compositor!
A música que o ama,
E que lhe permite fazê-la,
É a música que o povo clama
E jamais se deixa perdê-la.
A música que lhe chega sem jeito,
Quase sem deixa-lo perceber,
É a mesma que o povo tem no leito
E tudo faz para merecer.
A música que entra em seu peito,
Que põe em vida a sua alma,
É a mesma que nos põe estreitos,
Com grande amor e sonoras palmas.
Se seus olhos danam a brilhar,
O povo os sente em seu lar.
Se seus dedos correm um papel,
O povo os agradece ao céu.
É até lá que sua música vai
E é de lá que ela nunca sai.
Depois de algum tempo perdido,
Volta a sua recuperação.
É claro, tudo teve sentido,
É que surgiu uma nova canção.
O efeito da arte surgiu
E a nova música partiu.
Quanto ao mundo cruel,
Estamos na ponta de um pincel,
O homem é quem pinta o mundo,
E aí depende de um saber profundo.
A cor do seu mundo nos ferve
É que temos o sabor da sua verve.
Não tenha tanto medo!
Nunca lhe faltará enredo,
A música já está de volta
Na verdade ela nunca lhe solta.
A música apenas se estende,
É assim que agente a entende
Nobre compositor!
Aceite-nos em seu louvor.
Não queira saber a sua medida,
Tal atitude seria atrevida.
E quando chegar a sua morte,
Fique tranqüilo!
O céu espera-nos com sorte.
É no céu que nos veremos de novo.
Atenciosamente. Seu Povo... |