José de Paula Ramos Jr.


A um Poeta

para Frederico Barbosa
Agudo pensamento, coração preclaro, o poeta cata um grão esconso no labirinto nada. O poeta a palavra vela e o signo rala na linha vasa: muda geometria. Eis, súbito, um projétil, que não falha, a língua tesa prepara. O poeta, zarabatana calada, no silêncio do rigor, raro artefato dispara.

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